segunda-feira, 26 de março de 2012

DIA INTERNACIONAL DA MULHER NO LAR SANTA MONICA



8 de março, Dia Internacional da Mulher. Poucos dias antes o Lar Santa Monica divulgou na internet  convites para a festa que queria ser realizada em honra as muitas mulheres da casa. Cada um tinha os seus planos e na hora “H” poucos foram os que vieram: era uma quinta-feira de trabalho e a celebração foi na parte da manhã (as meninas têm suas aulas de tarde). Mas aqueles que participaram tiveram uma jornada simples, profunda e viva, em homenagem às mulheres, sobretudo para as meninas que começam a ser mulheres no Lar Santa Mônica.
            Não houve reclamações ou bandeiras, ninguém gritou pelos direitos negados, ninguém pediu por igualdade, nenhuma punição, nenhum apelo foi feito às leis ou declarações sexistas. Nossa festa foi simplesmente religiosa e humana.   
            Na casa Nossa Senhora da Consolação começaram os ensaios para os cânticos da missa. Frei Alberto, que estava no teclado, procurava orientar e afinar o coral formado pelas meninas. Quando chegaram os convidados e “todos da casa”, iniciamos a Eucaristia que foi presidida pelo Fr. José Luis Villanueva e concelebrada por outros quatro Recoletos. A procissão de entrada foi simples, duas meninas do LSM levaram flores e a imagem de Nossa Senhora, a Mulher com M maiúsculo, modelo para todas as mulheres.
Com uma liturgia pedagógica, Fr. José Luis apresentou a mulher e sua dignidade às meninas do LSM de modo positivo, alegre, animado. Celebração agostiniana recoleta em todos os detalhes. O profundo mistério de dar a vida sendo mulher tem suas luzes e sombras, mas são muitas as esperanças de um mundo melhor a partir da ternura, da maternidade e da vida.
As preces espontâneas foram a prova de que a mensagem tinha sido transmitida. Os Cânticos foram entoados com mais vontade, pois Deus já estava conosco no pão e no vinho. Um emocionante poema e a consagração a Nossa Senhora finalizaram a celebração da Santa Missa, ato central no qual todos fomos “homenageadores” e homenageados.
            Em seguida, foi distribuído o poema e uma rosa branca para todas as mulheres e assistimos a duas pequenas peças de ballet clássico. E da casa de Nossa Senhora da Consolação fomos para a casa de Santa Monica para um delicioso café da manhã, doação de uma padaria que também  fez uma homenagem a este pequeno grupo de mulheres olhando para a frente com um sorriso que antes não era possível. Sobrou de tudo: salgadinhos, refrigerantes, panettone, bolo, doce e, principalmente, sobrou alegria, fraternidade, abraços e até mesmo alguma travessura das meninas com os convidados... Mas nesse dia tudo foi permitido.
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Mais uma vez a família Agostiniana Recoleta celebrou as datas importantes no ritmo do calendário, mas ao nosso estilo. E o nosso estilo é esse: semear as sementes do Evangelho onde a Igreja necessita. E essas meninas do LSM são uma parte da Igreja que clama em seus corações pelo amor, tão necessário em nosso mundo; E esse foi o objetivo da celebração com e para essas mulheres em seu dia.








segunda-feira, 12 de março de 2012

CARNAVAL 2012 NO LAR SANTA MONICA


O Brasil é conhecido mundialmente pelo seu Carnaval e há poucos dias temos vivenciado essa festa aqui.

Durante alguns anos, a Igreja Católica aconselha a viver um carnaval religioso, e assim fizemos. A Família Agostiniana de Fortaleza viveu um carnaval diferente na segunda e terça-feira, quando alguns seminaristas e religiosos estiveram no lar Santa Mônica trabalhando e dividindo o tempo com as meninas em um sentimento de família fraterna. Carnaval é alegria, e a alegria foi a regra geral para todos.

Na terça-feira, depois de trabalhar até as 14h, e depois de comer e tomar um bom banho, quatro Agostinianos Recoletos, seis seminaristas, 21 meninas e três trabalhadoras, organizaram uma festa singela, colorida, simples e cheia de risos, para celebrar um carnaval diferente no parquinho do Lar, como se o Sambódromo do Rio de Janeiro fosse ali.

As meninas aproveitaram as roupas velhas e brilhantes que puderam encontrar, com o rosto pintado com listras simples ou estrelas e uma máscara que acabou esquecida no chão, não pararam de dançar, brincando e rindo com todos. Seminaristas em solidariedade com a coordenadora do Lar pintaram em suas camisas a frase:“Bloco kD Luiza” e com muita alegria foram animando o ambiente até ficarem esgotados com a vitalidade das meninas. Alguns colocaram em suas cabeças uns chapéus que retiraram dos mais diversos lugares. Não importava aspecto exterior, não importava correr, subir em árvores, se sujar com espuma ou receber chuva de confetes, só importava desfrutar esse momento, que foi um presente de Deus. Comer pipocas nos permitiu continuar depois de uma pausa. Alguns minutos de descanso para comer uns sanduíches de cachorro-quente e um copo de suco foi bom para dar uma trégua para o contentamento incansável das meninas.





E quando a noite já se aproximava, um sorvete delicioso de chocolate e baunilha encerrou o carnaval. Depois de abraços e despedidas aos pés da Kombi, as meninas voltaram para as casas do Lar Santa Mônica longe do barulho das farras do mundo; os seminaristas voltaram para o seminário atravessando uma cidade de contrastes: ruas desertas e também ruas lotadas de gente correndo para aproveitar as últimas horas do Carnaval entre danças e bebidas.

E na quarta feira de cinzas, tivemos um bom começo de Quaresma ouvindo o convite à conversão com o espírito preparado.

Viver Deus no quotidiano faz-nos sentir a sua presença em cada irmão, cada criatura, sabendo que desfrutar o que Ele nos oferece é a resposta certa para o seu chamado.













ESTADISTICAS DO LSM: 68% VOLTAM PARA SUAS CASAS

Continuamos publicando as estatísticas dos trabalhos realizados no Lar Santa Mônica.

Até agora existem 45 meninas e adolescentes que foram recebidas nesta instituição. O tempo de permanência é muito limitado porque o ECA (Estatuto da crianças e do adolescentes)vê os centros de atendimento integral,como o Lar Santa Mônica, como medidas de emergência, e insiste em que os abrigos façam  todo o possível para que as meninas possam ser reinseridas o quanto antes e com segurança.

 Atualmente estão acolhidas 20 internas (estado processual). Apresentamos uma tabela informativa sobre o tempo de permanência das outras 25 meninas que já passaram pelo LSM.

A porcentagem de reinserção que deu certo é mais do que aceitável: 68% de meninas / adolescentes foram reinseridas novamente na sociedade por um dos três meios: a reintegração na família (retorno para a mãe), família ampliada (vão morar com uma irmã, avó, tia, etc), família de acolhida (elas são acolhidas por pessoas conhecidas, mas que não são da família sanguínea: madrinha, vizinho, etc).

Também houve alguns casos de transferência institucional por razões de falta grave e risco para a integridade das outras meninas acolhidas no LSM; e evasão voluntária, pois as meninas /adolescentes, ainda que estejam sob proteção judicial, estão abrigadas no LSM de modo livre e voluntário.